CANCIÓN POR LA UNIDADE DE LATINO AMÉRICA. PABLO MILANÊS E CHICO BUARQUE

E quem garante que a História
É carroça abandonada
Numa beira de estrada
Ou numa estação inglória

A História é um carro alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue

É um trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

As fases da Revolução Industrial e suas consequências


Murilo Benevides de Oliveira
Faculdade Tecnologia e Ciências EaD

RESUMO
Tendo como principal fonte de investigação a obra de Alexandre Alves e Letícia de Oliveira, este artigo recorre ao período do renascimento no ocidente europeu, com o objetivo de identificar as fases segmentadas do avanço tecnológico, que geraram mudanças nos paradigmas da sociedade global, identificando os benefícios causados a cada nova descoberta e as consequências no comportamento social e no meio ambiente, que nos dias de hoje podem levar a extinção da humanidade. Como solução, o artigo apresenta um entrelaçamento de toda a sociedade global, para aderir às novas correntes ideológicas do preservacionismo e o conservacionismo, que levam em conta, as novas normas de conduta social e a proteção ambiental como única forma de salvação da humanidade.

Palavras-chave: Artigo Científico, Revolução Industrial, Meio Ambiente, Sociedade Globalizada.

1 INTRODUÇÃO
Entre os séculos XIII e XV, a sociedade ocidental da Europa - a princípio na Grã-Bretanha -, descobriu no iluminismo uma nova forma de vida que veio determinar mudanças radicais no meio da sociedade feudal. Uma das principais mudanças foi a produção e a comercialização de produtos manufaturados. Entretanto, foi apenas em meados do século XVIII, com a criação da máquina a vapor, que a produção e a comercialização dos produtos passariam a ditar radicalmente as mudanças na forma de vida da humanidade. A partir de então, o processo de evolução da tecnologia industrial decorreu por 3 fases que geraram benefícios e prejuízos para o homem e o meio ambiente, e ficaram conhecidas coma a primeira, a segunda e a terceira Revolução Industrial.

2 DESENVOLVIMENTO
Desligando-se dos paradigmas determinados pela sociedade feudal, o homem passou a buscar na comercialização de produtos uma nova atividade para a sua sobrevivência, tudo isso para suprir as necessidades deixadas pelo desligamento entre os servos e senhores feudais. As comercializações dos produtos geraram grandes lucros, no entanto, a produção era lenta e limitava-se a produtos manufaturados, ou seja, o mercado necessitava de uma maior quantidade de produtos e para se produzir mais era necessário maior número de operários trabalhando. Agindo sobre estes novos paradigmas, os grandes empresários passaram a investir em tecnologia.

1ª Revolução Industrial
Em 1712, Thomas Newcomen divulgou a sua criação (a primeira máquina a vapor), que após ser aperfeiçoada por James Watt, em 1769, revolucionou o mercado têxtil e depois serviu de base para a mecanização de outras indústrias. A inovação de Watt deflagrou a primeira fase da Revolução Industrial, as ascendentes invenções nas áreas da metalurgia e nos meios de transportes serviram de base também para várias outras invenções. Como afirmam o Mestre e Doutor em Ciências na área de História Econômica Alexandre Alves e a Mestre em Ciência na área de História Letícia Fagundes de Oliveira:

 “A máquina de Watt foi usada para diversas funções, como mover locomotivas e navios e acionar os enormes foles e martelos utilizados na metalurgia. Até a invenção dos motores de combustão interna e das usinas elétricas no começo do século XX, os motores a vapor dominaram a indústria e os transportes (2010, p.145)”.


Apesar das indústrias ficarem concentradas nos grandes centros urbanos, os avanços na industrialização também chegou ao campo e resultaram num grande aumento da produção agrícola.

Porém, as buscas por aperfeiçoamento na tecnologia industrial não se limitaram apenas na descoberta da máquina a vapor.

2ª Revolução Industrial
Na segunda metade do século XIX, a utilização da eletricidade e do petróleo na produção industrial, gerou mudanças no meio político, econômico e social, num período que ficou conhecido como a Segunda Revolução Industrial.

Mais barata que o carvão e inesgotável, a eletricidade foi inicialmente utilizada na iluminação pública e foi substituindo cada vez mais a energia a vapor nas fábricas e nos transportes. Já o petróleo foi utilizado na iluminação: posteriormente, passou a ser empregado para movimentar as máquinas nas fábricas e, com o aperfeiçoamento no motor de combustão interna, foi possível utilizá-lo como combustível nos meios de transportes.

Segundo Alves e Oliveira o empreendimento nas novas fontes de energia deram impulso a vários setores do transporte, da agricultura e do crescimento populacional:

“Ao mesmo tempo houve uma revolução nos meios de transporte com a expansão dos trilhos ferroviários, a construção das ferrovias transcontinentais e a substituição definitiva dos navios a vela pelos navios a vapor, facilitando o armazenamento de cargas e a distribuição de mercadorias. O coroamento dessa série de inovações nos transportes veio com a invenção do primeiro veículo reconhecido como automóvel, em 1885. (...) Novos métodos de produção foram implementados na agricultura, com a utilização de máquinas e fertilizantes químicos, ocasionando, assim, o aumento da produção de grãos. Essa mudança acarretou o barateamento dos preços dos produtos agrícolas e possibilitou um grande aumento demográfico. A população da Europa, que era de aproximadamente 145 milhões de habitantes em 1750, aumentou para 265 milhões em 1850, e, em 1900, chegou a cerca de 430 milhões de pessoas" (2010, p.12).


No início do século XX, a população europeia passou a viver um período de otimismo e de orgulho pelas realizações das novas descobertas tecnológicas. “O período chamado Belle Époque, ficou caracterizado pela crença na prosperidade econômica sem fim – resultado da política imperialista. Um forte sentimento nacionalista, no entanto, passou a alimentar a disputa na concorrência entre as nações e gerou duas grandes guerras que tiveram a participação de países de todo o planeta.

As batalhas que envolveram as nações do mundo criaram novos avanços em vários setores da tecnologia - principalmente na bélica -, e ascenderam novas potências na economia mundial como relata Eric J. Hobsbawm:

“O Estado se tornou essencial para certos setores da indústria, pois quem, senão o governo, constitui a clientela dos armamentos? Os bens que essa indústria produzia eram determinados não pelo mercado, mas pela indeterminável concorrência dos governos, que os fazia procurar garantir para si um fornecimento satisfatório das armas mais avançadas e, portanto, mais eficientes." (HOBSBAWM apud ALVES; OLIVEIRA, 2010, p. 49)


Entretanto, foi no pós-guerra que a tecnologia avançada ganhou o mundo. Grandes avanços tecnológicos de comunicação e informação passaram a expandir seus negócios pelo globo. Na década de 1980, as faculdades de administração de empresas norte-americanas passaram a aplicar o termo globalização nos novos empreendimentos.

3ª Revolução Industrial
A criação do microchip foi a principal invenção que levou ao desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação. A industrialização passou a integrar conhecimentos de várias partes do globo.

“Assim, no processo de fabricação de um carro, por exemplo, as novas tecnologias permitiram a realização simultânea das diversas fases de produção em locais diferentes: o design podia ser planejado na Alemanha, o motor feito na França, os componentes eletrônicos fabricados no Japão, o chassi e a lataria em Taiwan; por fim, todos os componentes poderiam ser transportados e reunidos numa montadora no Brasil, resultando no produto final que é o carro pronto" (ALVES; OLIVEIRA, 2010, p. 293).

Uma ascendente febre na área da informática tem mudado radicalmente e de forma acelerada todos os paradigmas da sociedade. Para tentar derrubar a concorrência, no entanto, as empresas têm investido cada vez mais em novidade com o intuito de alimentar as necessidades do mundo capitalista.

As Consequências
Os vários avanços tecnológicos desde a primeira Revolução Industrial geraram inúmeros benefícios aos seres humanos. Porém, as desigualdades sociais, a exploração do trabalho infantil, feminino e das classes, o consumismo insano, a destruição do meio ambiente, etc. resultaram em consequências ainda sem precedentes.

Tomas de Quincey relata a exploração das crianças e mulheres:

“Aumentou muito o número de trabalhadores porque os homens foram substituídos no trabalho pelas mulheres e sobre tudo porque foram substituídos pelas crianças. Três meninas com 13 anos de idade e salários de 6 a 8 xelins por semana substituem um homem adulto com salário de 18 a 45 xelins" (QUINCEY apud ALVES; OLIVEIRA, 2010, p. 148).

Devido a tais consequências os operários não tardaram a formar grupos de motim e inúmeras fábricas sofreram ataques dos “quebradores de máquina”.

“No mesmo dia, nas primeiras horas da tarde, uma grande fábrica situada em Crosley foi atacada por eles [quebradores de máquinas]. O chefe da fábrica pôde, com a ajuda de alguns vizinhos, rechaçar o ataque e salvar  a fábrica por esta vez. Dois dos assaltantes morreram no lugar. Aquela gente se exasperou-se e jurou vingar-se. Assim, pois, passaram o domingo e a manhã de segunda reunindo fuzis e munições. Mineiros se juntaram então a 8.000 homens, [que] marcharam [...] até a fábrica de onde haviam sido rechaçados no sábado. Acharam ali ser Richard Clyton à frente de uma guarda de 50 inválidos. Que podia fazer com um punhado de homens contra esses milhares de enraivecidos? Tiveram que retirar-se [...] enquanto a multidão destruía de cima abaixo máquinas avaliadas em mais de 10 mil libras. Na terça pela manhã, ouvimos seus tambores a uma distância de duas milhas, pouco antes de abandonar Bolton. Sua intenção declarada era apoderar-se da cidade, depois Manchester, Stockport, e daí marchar para Cromford para destruir as máquinas não só nestes lugares como em toda Inglaterra" (BENTLEY apud ALVES; OLIVEIRA, 2010 p. 149)

A descoberta das novas fontes de energia acelerou o aumento da produção e gerou uma grande depressão que se estendeu de 1873 a 1896, e ficou caracterizado pela super produção, pela queda generalizada dos preços e dos lucros e pela falência de muitas empresas.

A única saída para esta crise nas indústrias da Europa foi buscar novos mercados, em especial nos continentes da África e da Ásia. Nestas colônias os europeus puderam explorar da mão de obra barata e elevaram as suas nações a grandes potências econômicas, dando início ao período imperialista.

A busca pela hegemonia no mercado internacional acarretou na primeira e na segunda Guerra Mundial. Só que, foi no pós-guerra que a tecnologia de informação e comunicação passou a unir povos de várias partes do mundo, e o que deveria ser benéfico para humanidade, tem tornado o ambiente instável devido os efeitos negativos como exclusão social, o recrudescimento do terrorismo, e a devastação ambiental, situações que tem colocado em xeque a existência da humanidade.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a história, é de se observar que, a cada fase do avanço tecnológico, foram causadas mudanças consideráveis dentro do meio social. A busca insana pela satisfação individual gerou grandes avanços na tecnologia e no modo de vida da população mundial. Porém, acarretou em grandes diferenças sociais e culturais e o pior de todos, na destruição do meio ambiente.

Em todas as fases, a necessidade de continuar acumulando lucros acabou fornecendo subsídios para resolver os problemas vigentes. Entretanto, para frear os problemas da atualidade será necessária uma conscientização global. Pois, o problema dessa vez, atinge todo o planeta.

Algumas manifestações já estão presentes na sociedade como as correntes ideológicas do preservacionismo e o conservacionismo.

A primeira aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico e/ou utilitário, apontando o homem como o causador da quebra deste “equilíbrio”.
 A segunda caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas, e é alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida hoje, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras. É necessário, porém, que toda a sociedade mundial esteja engajada neste processo de reestruturação do planeta.

13 comentários:

  1. esse texto tá mto bom sÓ DA O CTRL+C E CTRL+V

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  2. gosteiiiii pene que nao me serviu!!!!!!!!

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  3. éuma pena que não me serviu mais o text é bom

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  4. orra me serviu mt.. o meu trabalho de geografia vai ficar 10.. obg

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  5. perfeito, me caiu direitinho.

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  6. era tudo o que eu precisava para o meu trabalho...

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  7. e quem garante que a historia é uma carroça abandonada...

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  8. Muito Util, Obrigado. TEnho sorte de encontrar tudo aqui!

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  9. Gostei bastante, mas acredito que adicionar as REFERÊNCIAS no final do texto acrescentaria a credibilidade de sua produção. Att.

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  10. Muito bom tudo que um professor de geografia gostaria em um trabalho :D

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E aê? Gostou do texto? Não? Mas fique a vontade para fazer sua crítica.

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